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terça-feira, 9 de novembro de 2010

LHC produz mini big-bang

O Large Hadron Collider (LHC) conseguiu produzir uma versão menor do Big-Bang, fenômeno que iniciou o Universo como o conhecemos. O experimento, que fez com que íons colidissem no dia 7 de novembro, criou temperaturas milhões de vezes superiores àquelas do centro do Sol.

O LHC fica em um túnel circular de 27 km sob a fronteira da Suíça e da França. Até agora ele havia sido usado para colidir prótons, para tentar esclarecer alguns dos mistérios da formação do Universo. As colisões de prótons deveriam descobrir o Bóson de Higgs, que sinalizaria novas leis da física.

No entanto, no próximo mês os cientistas resolveram pesquisar íons e aprender mais sobre o plasma que formou o Universo a 13,7 bilhões de anos atrás, depois do Big Bang.

Segundo cientistas que estão trabalhando no projeto, ele gerou as temperaturas mais altas já vistas em um experimento. Mas se você se assustou com um fenômeno que consegue ser milhões de vezes mais quente que o Sol, não se preocupe – o processo todo ocorre em um ambiente controlado então o mini Big-Bang não deverá destruir o planeta.

Quando chegam a essas temperaturas, até partículas como prótons e nêutrons derretem, resultando em uma sopa de quarks e glúons chamada de “plasma”. Os quarks e glúons são partículas sub-atômicas que constroem a matéria. Quando estão no estado de plasma elas se expandem e esse tipo de fenômeno teria ocorrido logo após o big bang original, formando o nosso universo com esse plasma.

Depois que o LHC terminar seu experimento com íons ele deverá continuar a sua procura pelo Bóson de Higgs, colidindo prótons. [BBC]

domingo, 25 de julho de 2010

Magnetismo

Limites do magnetismo

A teoria afirma que a intensidade do magnetismo de um material tem limites, o que provavelmente está correto. Mas o que está sob suspeita é onde esse limite se encontra.

A equipe do Dr. Jian-Ping Wang, da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, sintetizou um material que é 18% mais magnético do que se acreditava possível.

O super ímã é formado por oito partes de ferro e uma parte de nitrogênio, um cristal não muito estável, cuja fórmula é Fe16N2.

Origem do magnetismo

Segundo reportagem da revista Science, a chave para o supermagnetismo está na estrutura extremamente complicada do cristal de Fe16N2.

O magnetismo de um material decorre do giro dos seus elétrons. Cada elétron funciona como um minúsculo magneto, com um campo magnético alinhado com o eixo do seu spin - quanto mais elétrons giram na mesma direção, maior se torna o magnetismo do material.

No cristal de Fe16N2, cada átomo de nitrogênio fica no centro de um aglomerado de seis átomos de ferro, com dois outros átomos de ferro unindo os diversos aglomerados.

Os elétrons que fluem entre os aglomerados comportam-se como os elétrons do ferro comum. Mas os elétrons dos átomos que circundam o átomo de nitrogênio tendem a ficar "travados" no lugar.

Como resultado, garante Wang, esses átomos contribuem para o magnetismo total do material de forma mais intensa do que os átomos individuais, aumentando a intensidade desse magnetismo.

Super ímã

Apesar dos resultados excepcionais, outros pesquisadores estão vendo os resultados com cautela, porque esse mesmo material já havia sido anunciado como um "super ímã" antes.

Um experimento anunciado por pesquisadores da empresa Hitachi contrariou essas observações - mas ninguém conseguiu repetir o experimento, e o assunto continua controverso até hoje.

O grande problema reside justamente na dificuldade de fabricar cristais de Fe16N2, que é metaestável e tende a se "quebrar" em outras estruturas cristalinas.

A equipe de Wang, no entanto, argumenta que vem aprimorando as técnicas há anos e que agora é capaz de crescer amostras de Fe16N2 estáveis.

Se esses novos ímãs puderem ser produzidos comercialmente, poderá ser possível, por exemplo, fabricar cabeças de leitura de discos rígidos menores e mais eficientes, permitindo colocar mais dados na mesma área e dando novo impulso ao crescimento da capacidade de armazenamento magnético.
Bibliografia:

Heavy Fermion-like metal &alfa;"-Fe16N2 with giant saturation magnetization
Nian Ji, Xiaoqi Liu, Jian-Ping Wang
APS March Meeting 2010 Proceedings

quinta-feira, 1 de abril de 2010

GÊNIO RUSO RECUSA PRÊMIO DE U$ 1 MILHÃO

Matemático russo Grigory Perelman, 44, apresentou uma prova para a Conjectura de Poincaré mas não se interessa pelo prêmio oferecido pela façanha.O matemático russo Grigory Perelman, 44, considerado um dos maiores gênios vivos do mundo, declarou ontem que não tem interesse em receber o prêmio de US$ 1 milhão a que tem direito por ter resolvido a chamada Conjectura de Poincaré.Em seu apartamento infestado de baratas em São Petersburgo, Perelman afirmou, sem abrir a porta: “tenho tudo o que quero”, segundo informou o jornal britânico Daily Mail.Na última semana, uma instituição dos Estados Unidos reconheceu que o estudioso russo demonstrou a Conjectura de Poincaré, que desafiava os matemáticos há mais de um século.O matemático francês Jules Henri Poincaré (1854-1912) estimou que, de forma simplificada, qualquer espaço tridimensional sem furos seria equivalente a uma esfera esticada.Poincaré e os matemáticos que vieram depois dele acreditavam que a proposta estaria correta, mas não conseguiram uma prova algébrica sólida para elevar a conjectura à categoria de teorema.A complexidade do assunto levou o Instituto de Matemática de Clay a incluir o problema entre os “sete desafios do milênio”. Para cada desafio que fosse solucionado, o instituto prometeu pagar um prêmio de US$ 1 milhão (cerca de R$ 1,78 milhão).Na semana passada, James Carlson, diretor do instituto, reconheceu a façanha de Perelman e anunciou que a Conjuntura de Poincaré é o primeiro dos sete desafios a ter solução.Morando com as baratasA vizinha Vera Petrovna afirmou ao jornal britânico que já esteve no flat do matemático. “Ele tem apenas uma mesa, um banquinho e uma cama com um lençol sujo que foi deixado ali pelos antigos donos – uns bêbados que venderam o apartamento para ele”. “Estamos tentando acabar com as baratas nesse quarteirão, mas elas se escondem na casa dele”, acrescentou.Esse não é o primeiro prêmio esnobado por Perelman. Há quatro anos, ele não apareceu para receber a medalha Fields da União Internacional de Matemática.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ajuda Humanitária ao Haiti

O recente terremoto que atingiu a costa oeste da ilha de Hispaniola, levando caos e destruição ao já frágil Haiti, reacendeu uma série de questionamentos sobre o "modus operandi" dos "gestores"da saúde diante de tragédias desta magnitude, ao se considerar o grande número de vítimas fatais e de desabrigados, em situação de extrema insegurança alimentar. Não obstante haver imperiosa necessidade de prestarmos auxílio a estes irmãos, fica evidente a ineficiência do setor público brasileiro, principalmente de saúde, em prestar socorro de qualidade e com a celeridade necessária, tanto a nível internacional com dentro do próprio País. Se existe um "time de resposta rápida"nomeado, este ficou apenas na tinta do diário que o publicou. A inoperância é pública e notória. É chegada a hora de termos mais técnicos "operacionais"em cargos com poder de decisão, em detrimento de "políticos " que buscam apenas projeção com discursos vazios e foco nas próximas eleições, do contrário muitas mortes evitáveis continuarão a se verificar ...